26 de julho de 2007

PRODUÇÃO CULTURAL AFRO-BRASILEIRA PARA A CRIANÇA (PACC)

RESULTADOS PARCIAIS DA PESQUISA

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Cinema, em janeiro de 2007
Rádio, em dezembro de 2006
Jornal, em novembro de 2006
Tevê, em outubro de 2006
Internet, em setembro de 2006
Literatura Infantil, em agosto de 2006
História em Quadrinhos, em agosto de 2006
Brinquedos, em julho de 2006
Ilustração, em julho de 2006
Produção Cultural - Debates, em maio de 2006
LEI 10.639, em janeiro de 2003
Bibliografias, em janeiro de 2003

OBSERVAÇÕES

Este blog traz os primeiros levantamentos de dados, ou seja, indicação de produtos culturais com a temática afro-brasileira destinados à criança brasileira, produzidos a partir da Lei 10639/2003, como, por exemplo, o site www.acordacultura.org.br.

No entanto, aproveitamos esse espaço democrático de comunicação para também divulgar produtos culturais afro-brasileiros não, necessariamente, endereçados às crianças mas oferecidos a elas por pais e professores, bem como artigos sobre o tema. Ou seja, registramos informações que possam enriquecer o debate acerca do projeto PRODUÇÃO AFRO-CULTURAL PARA A CRIANÇA (PACC).

Educom Afro da FACED/PUCRS, Smed/POA e UFRGS capacitam professores para a Lei 10.639/03

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Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. MEC: Brasília, 2005.

EDUCADORES FAZEM O CURSO "Formação Continuada em História e Cultura Afro-brasileira e Africana"

O Educom Afro, grupo de pesquisa "Educomunicação e Produção Cultural Afro-Brasileira" da Faculdade de Educação do Campus Viamão da PUCRS, a Assessoria de Relações Étncias da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre - Smed e a Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS realizam o curso gratuito "Formação Continuada em História e Cultura Afro-brasileira e Africana", de agosto a dezembro, com o objetivo de capacitar os professores para a Lei 10.639/03, que inclui a temática da negritude no currículo escolar brasileiro. O curso é voltado exclusivamente aos professores da rede municipal de Porto Alegre, alunos regularmente matriculados na Faculdade de Educação da PUCRS e agentes sociais comprovadamente associados à ONGs, e recebe inscrições até o dia 8 de agosto.

Curso: Formação Continuada em História e Cultura Afro-brasileira e Africana
Promoção: Prefeitura de Porto Alegre, PUCRS e UFRGS
Locais: Faculdade de Educação do Campus Central da PUCRS, Livraria Paulinas, Santander Cultural e UFRGS, todos auditórios localizados em Porto Alegre.
Iscrições: até 8 de agosto, por e-mail para adrianasantos@smed.prefpoa.com.br
Informações:
Profa. Ms. Adriana Santos, assessora das Relações Étnicas da Smed/POA e membro do Educom Afro (adrianasantos@smed.prefpoa.com.br)

PROGRAMAÇÃO:

MÓDULO I - OFICINAS PEDAGÓGICAS

10 de agosto - 9 às 12 horas - Livraria Paulinas
Brasil Negro: mestiçagem, política do branqueamento, racismo, preconceito, discriminação e intolerância

10 de agosto - 14 às 17 horas - Livraria Paulinas
Negro no RS: superação e conquistas

11 de agosto - 9 às 12 horas - Livraria Paulinas
Ações afirmativas: leis e programas

17 de agosto - 9 às 12 horas - Santander Cultural
Afro-infância: auto-estima e auto-imagem

17 de agosto - 14 às 17 horas - Santander Cultural
Pertencimento étnico: reflexões sobre a pluralidade

18 de agosto - 9 às 12 horas - Livraria Paulinas
Etnia e currículo: implantação da Lei 10.639/03

24 de agosto - 9 às 12 horas - Santander Cultural
Brasil e os negros brasileiros: oralidade, memória, cotidiano, religião, solidariedade e resistência

24 de agosto - 14 às 17 horas - Santander Cultural
Cultura afro-brasileira os movimentos de resistência: capoeira, terreiros, quilombos, clubes, associações e intelectuais negros

25 de agosto - 9 às 12 horas - Livraria Paulinas
Ações afirmativas: leis e programas

31 de agosto - 9 às 12 horas - Santander Cultural
África no seu próprio tempo: comunidades e impérios, ocupação européia, etnias, grupos sociais e política

31 de agosto - 14 às 17 horas - Santander Cultural
Tráfico de escravos: formas de organização, solidariedade e resistência

1 de setembro - 9 às 12 horas - Livraria Paulinas
Diáspora: cartografia africana

6 de setembro - 8 às 12 horas/14 às 17 horas - Livraria Paulinas
Relações étnicas e o currículo: planejamento, metodologia e prática


MÓDULO II - SEMINÁRIO DE DEBATES

15 de agosto - 19 às 21 horas - Faced/PUCRS
Quilombos e terreiros: expressões de resistência negra

5 de setembro - 19 às 21 horas - Faced/PUCRS
Cartografias africanas e da diáspora: destinos brasileiros

10 de outubro - 19 às 21 horas - Faced/PUCRS
Auto-estima e auto-imagem: elementos o combate ao racismo

14 de novembro - 19 às 21 horas - Faced/PUCRS
Lanceiros Negros: contexto do escravismo no RS

12 de dezembro - 19 às 21 horas - Faced/PUCRS
Cultura afro-brasileira: diferentes expressões

MÓDULO III - EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

4 de setembro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
África: história, evidências e testemunhos

12 de setembro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
Geografia da África Ocidental

18 de setembro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
Antigas civilizações africanas

2 de outubro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
A África no contexto da expansão

9 de outubro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
Os estados africanos dos séculos XVI ao XVIII

18 de outubro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
O Tráfico Internacional e a diáspora negra

25 de outubro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
África colonial e resistências africanas

1 de novembro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
Descolonização e África independente

6 de novembro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
Racismo e Apartheid: a África do Sul

22 de novembro - 18 às 22 horas - Reitoria/UFRGS
A África na sala de aula: perspectivas do ensino

17 de julho de 2007

Pesquisa analisa produção cultural afro-brasileira para crianças

Produções influenciam na construção das identidades dos pequenos

por Mariana Vicili

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Para auxiliar os educadores na implementação da Lei Federal 10.639/2003, que inclui nos currículos escolares brasileiros a temática História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, pesquisadoras das Faculdades de Educação, do Campus Viamão, e de Letras realizam o projeto de pesquisa Produção Afro-Cultural para a Criança (PACC).

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São investigadas e analisadas produções afroculturais infantis nacionais e internacionais envolvendo cinema, televisão, rádio, jornal, histórias em quadrinhos, brinquedos, internet e ilustrações, entre outras, elementos considerados influentes na construção das identidades dos pequenos. O estudo também tem como meta situar o papel da literatura infantil na emancipação da criança e no reconhecimento da cultura negra como formadora da identidade do povo brasileiro.

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A orientadora do projeto e coordenadora do curso de Pedagogia do Campus Viamão, professora Leunice de Oliveira, observa que o cumprimento da lei já está em andamento nas escolas, mas que muitos professores ainda sentem-se pouco capacitados sobre a temática da negritude. Os resultados do projeto poderiam servir como apoio para o ensino da cultura negra. “Queremos ver como o tema está sendo recuperado por essas produções, já que a cultura negra, tradicionalmente, preserva sua memória na oralidade”, conta a professora. Os primeiros levantamentos podem ser vistos no blog Criança & Negritude (www.criancanegritude.blogspot.com), atualizado com freqüência.

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O trabalho é um dos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa Educomunicação e Produção Cultural Afro-Brasileira, que pretende integrar a teoria e a prática da educação inclusiva com a criação do Espaço de Pesquisa na Diversidade e Educação Continuada no Campus Viamão.

O projeto oferece suporte ao curso de extensão Produção Cultural Afro-Brasileira para a Criança – Lei 10.639, que iniciará no mês de agosto. As aulas vão até outubro e serão realizadas nas sextas à noite e sábados pela manhã em Viamão. O curso oferece os módulos Educação na Diversidade, Identidade e Etnicidade e Educomunicação e Interculturalidade. Futuramente pretende-se oferecer também uma especialização na área. Informações sobre o curso podem ser obtidas na Pró-Reitoria de Extensão da PUCRS, pelo telefone (51) 3320-3680 ou e-mail proex@pucrs.br.

Fonte: REVISTA PUCRS INFORMAÇÃO
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Nº 135 - Julho-Agosto/2007
www.pucrs.br/revista/cultura

7 de julho de 2007

COMUNICAÇÃO

Escola em tempo de Comunicação

Meios e processos comunicacionais são cada vez mais usados como forma de proporcionar ao aluno a expressão de sua subjetividade e de, supostamente, tornar o ensino mais atraente; função crítica da escola em relação à mídia é consensual

Cassiano José, colaborou: Rubem Barros



Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketPor volta das 20h do dia 30 de outubro de 1938, a Columbia Broadcasting System começou a gerar, em Nova York, um inusitado programa de rádio para suas emissoras associadas. No total, calcula-se que cerca de 6 milhões de pessoas tenham ouvido a emissão, um marco na história do rádio, então um veículo com menos de duas décadas de presença pública. Essa estrondosa repercussão, no entanto, foi resultado do pânico coletivo a que foram induzidos os americanos pelo extremo realismo da adaptação concebida pelo jovem Orson Welles para a Guerra dos Mundos, de H.G.Wells. Como muitos ouvintes pegaram a peça já pela metade, acreditaram piamente que a Terra estava sendo tomada por marcianos.

Desse dia em diante, se havia dúvida acerca do poder de influência do rádio e dos meios de comunicação de massa em geral, foi dissipada. Os regimes de exceção da época, aliás, já tinham percebido isso havia tempos, utilizando-os para insuflar seus adeptos ou para promover suas idéias de educação. No Brasil, o pioneiro Roquette-Pinto defendia, desde os anos 20, o uso educativo do rádio. A partir dos anos 60-70, com a popularização da televisão, os possíveis grandes aliados tornaram-se um temor para a escola: o que fazer com esses concorrentes, especialmente a TV, que seduzem os estudantes com imagens e sons e os desviam da árdua construção do mundo letrado, constitutiva do ideário iluminista?

Entrados no século 21, vivemos outros tempos: praticamente já não se questiona se o mundo da comunicação deve confluir para a educação, mas como estabelecer o diálogo entre um e outro. No ano passado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) patrocinou um estudo, o primeiro do gênero já realizado no Brasil, com o intuito de descobrir quais os diferenciais de uma escola pública de qualidade em relação à média das instituições. Para isso, analisou, durante três meses, o trabalho de 33 escolas que se destacaram na Prova Brasil, avaliação realizada em 2005 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, com cerca de 3,3 milhões de alunos do ensino fundamental em mais de 40 mil escolas de 5.398 municípios brasileiros.

Constatou que, entre outras características em comum, as 33 tinham modelos democráticos de gestão escolar e ofereciam a seus alunos a oportunidade de participar de projetos especiais, fora da grade curricular. O documento de apresentação do trabalho (Aprova Brasil - O Direito de Aprender) cita algumas dessas experiências, como o jornal mural do Colégio Estadual Horácio de Matos, em Mucugê, na Bahia, que "certamente reforça a capacidade de expressão escrita dos adolescentes", e a rádio-escola do Centro de Ensino 03, em Guará, no Distrito Federal.

O resultado veio como uma bênção para aqueles que há anos advogam a necessidade de o trabalho em ambiente escolar com mídias diversas tornar-se política pública, consagrando um trabalho que começou na década de 70, no âmbito das comunidades eclesiais de base da Igreja Católica, ganhou espaço no meio acadêmico nos anos 80, gerou inúmeros projetos de ONGs nos 90, e começa a virar política de governo.
A carreira de Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da Escola de Comunicações e Artes da USP reflete essa trajetória. Vindo dos movimentos sociais da Igreja, tornou-se uma referência entre os estudiosos de comunicação e educação do Brasil e da América Latina.

Suas pesquisas levaram ao desenvolvimento de projetos do NCE, como o Educom.Radio, estendido em 2004 à rede municipal de ensino de São Paulo por meio de um projeto de lei. Por sinal, a capital paulista aprovou lei que determina que secretarias, entre elas a de educação, incluam projetos de educo-municação em seu planejamento.
Em função da própria estrutura pública do ensino no país, normalmente são os municípios e Estados que, em parceria com universidades e ONGs, desenvolvem projetos do gênero. Em âmbito federal, pouco há.

Em muitos países, no entanto, a alfabetização para a mídia, mídia-educação ou educomunicação é uma preocupação nacional. Nos Estados Unidos, o Ministério da Educação tem um departamento só para os projetos de media literacy (alfabetização ou letramento para a mídia). "Na Europa e nos Estados Unidos, essa preocupação está incorporada; é política de governo, e não de partido", explica Alexandre Le Voci Sayad, secretário-executivo da Rede de Experiências em Comunicação, Educação e Participação (Rede CEP). "Não tem descontinuidade: os projetos transpassam mandatos e resistem às alternâncias no poder", diz.

A Rede CEP foi criada em 2004 da união de dez organizações com histórico de projetos no setor. Seu objetivo é promover e qualificar políticas públicas que envolvam comunicação, educação e participação dos alunos no ambiente de ensino. Os trabalhos dessas organizações foram analisados pelo sociólogo e jornalista Fernando Rossetti, em 2003 e 2004, para um estudo encomendado pelo Unicef: Mídia e Escola - Perspectivas para Políticas Públicas. Sayad entende que essas iniciativas, de diferentes partes do país, devem realmente servir de modelo para os governos: "O governo tem de se mirar no que já existe. O que a gente não quer é que se reinvente a roda, que se crie um programete, um pacote federal que obrigue o educador do Rio Grande do Sul e o do Pará a fazer o mesmo projeto; o que a gente quer é que se ceda às diferenças regionais e sejam replicadas as boas práticas locais já desenvolvidas", defende.

Na prática, muitas das ONGs que integram a Rede CEP já têm secretarias municipais e estaduais de educação como parceiras. É o caso da Comunicação e Cultura, de Fortaleza, e da Bem TV, de Niterói, por exemplo. A luta da Rede é para que o vínculo entre poder público e terceiro setor resista às mudanças de governo. Em escala federal, o objetivo é colocar a educomunicação na agenda da educação brasileira.
Mídia educadora

Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketAlexandre Le Voci Sayad, da Rede CEP: importância de se valorizar as experiências e multiplicar boas práticas, sem reinventar a roda É consenso entre os estudiosos da relação entre comunicação e educação que a escola demorou a compreender o impacto da mídia de massa na formação da consciência do indivíduo e dos valores da sociedade. "A escola, talvez desde meados do século 20, desde o advento do rádio e da TV, vem perdendo lugar no ordenamento dos valores e significados; certas funções antes exercidas pela Igreja e pela escola pública hoje são desempenhadas pelos meios de comunicação", analisa Eugênio Bucci, jornalista e doutor em Ciências da Comunicação pela USP. O resultado desse processo é que o professor de hoje não consegue mais competir com a televisão.

O que acontece, segundo Bucci, que presidiu a Radiobrás, agência de notícias do governo federal, de janeiro de 2003 a abril de 2007, é que a mídia sempre é educativa, quer tenha a intenção de sê-lo ou não. Os empresários e profissionais de comunicação deveriam, portanto, ser mais atentos à responsabilidade que pesa sobre eles. O fato, para Bucci, é que a pedagogia televisiva forma pessoas abertas às leis do espetáculo, seja quando educa para o consumo, o sexo ou a religião. A isso a escola deveria reagir. "A escola não pode servir de ressonância para apelos de mercado, não pode abrir mão de ser um espaço autônomo", aponta.
Para José Sérgio Fonseca de Carvalho, professor do departamento de Filosofia da Educação da Faculdade de Educação da USP, é "absolutamente pertinente" que a escola desenvolva uma capacidade de leitura crítica dos meios audiovisuais, pois, especialmente com o advento da TV, passamos a viver um novo fenômeno: o de ter uma emissão centralizada, com informações geradas a partir de centros de poder, com um esvaziamento da esfera pública. Essa leitura, porém, deve ser feita sem prejuízo de sua dimensão original.

"Nossas estruturas de pensamento são solidárias a um tipo de linguagem. É importante ter uma capacidade de leitura da imagem. Agora, o distanciamento crítico em relação à linguagem imagética não vem por meio dela. A cultura escolar é, sobretudo, a cultura letrada. A imagem não é capaz de passar um conceito, pois a linguagem conceitual não é imagética", defende Carvalho.

Os baixos índices de habilidades de leitura e escrita dos estudantes latino-americanos são apontados por outro intelectual, o educador colombiano Bernardo Toro, como um dos grande empecilhos para que as escolas utilizem os processos de leitura crítica e alfabetização para a mídia.

"A compreensão e a análise crítica dos meios de comunicação de massa são dos aprendizados mais necessários para se poder participar produtivamente da sociedade presente e futura. Lograr o domínio dessas novas gramáticas tecnológicas implica primeiro dominar as competências de leitura e escrita", diz Toro. Para o colombiano, não há dilema entre escola e meios de massa. A questão é a definição de um caminho ético de desenvolvimento sustentável compartilhado, que dê sentido ao saber que temos acumulado.

Esperar que os meios de comunicação espontaneamente passem a transmitir outros valores parece não ser suficiente. Cobrar do poder público o papel de proteger a escola do impacto da mídia esbarra na dificuldade que se encontra em classificar e estabelecer limites para os conteúdos, uma vez que medidas desse tipo tendem a ser vistas como mecanismos de censura. A televisão deverá, portanto, continuar sendo o que é, mas há quem entenda que não faria tanta diferença se ela tivesse outro caráter. "Eu não quero uma TV educativa, eu quero educar meus filhos", defende Edilson Cazeloto, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC e professor do curso de jornalismo do Mackenzie. No fim das contas, qualquer que seja a TV, pais e educadores terão sempre o desafio de não permitir que ela seja a grande formadora dos valores da sociedade.

"O problema é deixar a TV grassar solta; a mídia tem um impacto negativo porque não é discutida", adverte Cazeloto. O educador precisaria assumir o papel de mediador entre a mídia e o indivíduo, levando o aluno a estabelecer uma relação crítica com os meios de comunicação, diz, corroborando Fonseca Carvalho.
Ser multimídia
As experiências dos que trabalham com alfabetização para a mídia demonstram que apenas o discurso do professor não basta para despertar o senso crítico do estudante. Por mais analítico e atraente que seja, ele também é impotente diante da sedução dos meios de comunicação. "A escola quer ensinar à criança como se comportar perante a mídia. Visto entre esses padrões - o da escola e o da mídia - o aluno prefere o da mídia e acaba não absorvendo a crítica que a escola quer promover. A educomunicação diz que a única solução possível é trazer a mídia para a escola, tornando-a um articulador do discurso", aponta Ismar de Oliveira Soares.


Para José Sérgio Fonseca de Carvalho, professor de Filosofia da Educação da Feusp, a linguagem conceitual está inserida no universo das letras, não na linguagem audiovisual
Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketEm outras palavras, mais do que discutir mídia e interpretar os procedimentos e intenções dos veículos de comunicação, é preciso colocar o estudante no papel de protagonista, de agente do discurso. Não para que ele aprenda tecnicamente como se faz comunicação, mas para que compreenda o potencial que cada indivíduo tem de se expressar. "O importante é que o aluno aprenda a ser multimídia, e não a operar multimídia", sintetiza Cazeloto.
Isso significa que um bom trabalho de educomunicação pode ser desenvolvido mesmo com escassez de recursos e precariedade técnica. Muitos dos projetos ligados à Rede CEP e outros tantos espalhados pelo país são realmente feitos nessas condições. O governo federal, contudo, ainda tende a confundir incentivo à alfabetização para a mídia com investimento em tecnologia. Acha que é só colocar computador nas escolas, que a educação começa a acontecer.

Esse pensamento é fruto da crença na capacidade que o surgimento de novas tecnologias tem de democratizar o acesso à informação e aos meios de se fazer comunicação. Crença que Eugênio Bucci e Edilson Cazeloto definem numa só e mesma palavra: fetiche. Segundo Bucci, o fenômeno repete-se toda vez que uma nova tecnologia se impõe à sociedade. A panacéia da vez é a internet, como já foram no passado o rádio e a televisão. Cazeloto vê nesse fascínio pela tecnologia um grande perigo. Como todas as mídias hoje em dia convergem para a plataforma digital, é como se todos os ovos estivessem sendo colocados numa cesta só. "Democracia tem a ver com pluralidade", aponta.

Olhar ao redor
Um dos princípios que norteiam o trabalho dos que promovem a educomunicação no Brasil é baseado na premissa de que toda comunicação é uma relação: fazer a escola olhar para fora de si e levar em consideração a realidade que existe ao seu redor. Não a grande realidade, distante e abstrata, mas a vizinha, concreta, do cotidiano, da comunidade local. É nesse sentido que pouco importa com que recursos a comunicação é feita, e sim que benefícios ela gera. Alexandre Le Voci Sayad entende que, se o colégio não tem recursos para produzir nada, pode desenvolver grandes projetos educativos a partir de idéias simples. "Uma escola firmar parceria com o jornal do seu bairro para produzir uma página de conteúdo, por exemplo, é algo que não envolve custo nenhum para ninguém", sugere.

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Ismar de Oliveira, da ECA/USP: "a única solução possível é trazer a mídia para a escola, tornando-a um articulador do discurso"

Além da simplicidade, da capacidade de integrar-se com a comunidade em que está inserida em vez de aventurar-se em projetos megalomaníacos nos quais muitas vezes a tecnologia é usada à-toa, a experiência das ONGs aponta outros pontos que devem ser levados em consideração na hora de estruturar um projeto com mídia na escola.
O mais importante deles é o interesse dos alunos. Sayad aponta que projetos impostos pela direção ou pelos professores sem consulta às vontades dos estudantes tendem a não durar mais de dois meses. Os jovens os abandonam no meio.

Um caminho freqüentemente adotado e que costuma obter um bom índice de resposta é o de formar comitês conjuntos, com participação de alunos e docentes e acordos estabelecidos.
Outra boa iniciativa é permitir que nas oficinas de comunicação os alunos convivam com diferentes profissionais do setor: jornalistas, publicitários, fotógrafos, artistas gráficos. Com isso, fora o ganho cultural que a diversidade naturalmente proporciona, o jovem sente-se mais motivado, pois se percebe envolvido numa atividade profissional de verdade e não num mero trabalho escolar.
Por outro lado, é preciso que diretores e professores não tenham ilusões em relação à educomunicação. Ela mexe com aquilo que o espanhol Jesús Martín-Barbero, um dos mais conceituados teóricos da comunicação, chama de "ecossistema comunicativo", de modo que as relações dentro do ambiente escolar sofrem modificações.

O interesse pelo trabalho com mídia pode, por exemplo, vir acompanhado de um crescente desinteresse pelas disciplinas da grade curricular ou pela maneira como são ensinadas. Ao expressar-se pela mídia, o jovem torna-se mais crítico e percebe que tem o poder de se fazer ouvir no colégio. Os professores precisam estar preparados para responder com diálogo e um ensino mais envolvente.
Também não adianta exigir desse tipo de trabalho aquilo que ele sozinho não pode fazer. "Os projetos em educomunicação não salvam a educação brasileira. A escola tem de mudar em vários aspectos simultaneamente", diz Sayad. A participação dos alunos em produção de mídia é somente uma parte disso.
Para saber mais

Educomunicação, Reflexões e Princípios, de Angela Schaun (Mauad, 2002);
Palavras, Meios de Comunicação e Educação, de Adilson Citelli (Cortez, 2007)
Gestão de Projetos Comunicacionais, organização de Maria Aparecida Baccega (Atlas, 2002)
Dos Meios às Mediações - Comunicação, Cultura e Hegemonia,
de Jesús Martín-Barbero (UFRJ Editora, 2001)
Comunicação e Educação - A Linguagem em Movimento, de Adilson Citelli (Senac, 2000)
Brasil em Tempo de TV, de Eugênio Bucci (Boitempo Editorial, 2005)
A Televisão Levada a Sério (Senac, 2000)
A Melhor TV do Mundo,
de Laurindo Lalo Leal Filho (Summus, 1997)

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12192

UM MUNDO DE CRIANÇAS

Fotos mostram crianças do mundo todo
Da Redação

Criança tem no mundo todo. Mas você sabe como são as da Coréia, por exemplo? Ou com que tipo de roupa se vestem as do Irã? Mate sua curiosidade na mostra "Um Mundo de Crianças". As imagens, captadas pelo fotógrafo Caio Vilela em suas viagens pelo mundo, ficam expostas em São Paulo até dezembro.

As fotos estão divididas por regiões: América Latina, Ásia, Oriente Médio, Ártico e África. São mais de 70 fotografias e todas têm legendas que explicam onde e quando elas foram feitas.

O bacana é ver as diferenças entre as crianças de cada parte do mundo e aplaudir esta diversidade. "Nosso planeta tem o rico e o pobre, o branco e o negro, o oriental e o ocidental, a guerra e a paz. Mas as crianças formam um mundo à parte, cheio de lendas, sonhos e medos. Elas são diferentes na língua, origem ou crença, mas iguais na energia e na paixão pela vida, não importa se estão no Ártico ou na América Latina", diz o fotógrafo Caio Vilela.

Vilela se divertiu bastante enquanto fazia as fotos. Na Coréia, ele aprendeu um pouco a escrever coreano, com a ajuda de uma menininha de cinco anos. No norte do Canadá, escorregou em trenós de neve, diante das gargalhadas das crianças "inuíte" (povo esquimó que vive nesta região). Ele também nadou em rios da Amazônia acompanhado de pequenos índios do Xingu.

Nos últimos dois anos, Vilela contou com a companhia de um viajante especial: seu filho Tomás. Juntos, eles viajaram pelo mundo todo. O pequeno Tomás ensinou a Caio a ver as coisas com os olhos de uma criança. Por isso, o fotógrafo reservou uma parte da exposição para fotos sobre seu próprio filho.

UM MUNDO DE CRIANÇAS
Espaço Cultural Citigroup - av. Paulista, 1.111
Até 1/12, de segunda a sexta, das 9h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h.
Entrada gratuita

6 de junho de 2007

EDUCOM AFRO DA PUCRS PROMOVE PALESTRA SOBRE A NEGRITUDE

Grupo de Pesquisa
Educomunicação e Produção Cultural Afro-Brasileira (EDUCOM AFRO)
reflete sobre a temática da cultura negra nos currículos escolares


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Profa. Ms. Adriana Santos

No dia 6 de junho, o Grupo de Pesquisa EDUCOM AFRO promoveu a palestra "A cultura negra no Currículo Escolar", ministrada pela Profa. Ms. Adriana Santos, assessora pedagógica das relações étnicas da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, no auditório do Campus Viamão da PUCRS.

No evento, a Profa. Adriana refletiu sobre o papel do educador frente aos desafios da educação inclusiva. Enfatizou que o professor é um agente social fundamental na formação de alunos orgulhosos em serem descendentes de italianos, alemães, africanos, indígenas, entre outras culturas para a elevação da auto-estima e construção de uma sociedade brasileira mais justa.

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Profa. Dra. Leunice de Oliveira, líder do EDUCOM AFRO
Profa. Ms. Adriana Santos, assessora da SMED/POA
Prof. Dr. Thadeu Weber, Diretor do Campus Viamão/PUCRS

A palestra teve encerramento com a doação, ao Grupo de Pesquisa EDUCOM AFRO, do livro "Diversidade étnica: dialogando com a história e a cultura negra", organizado pela Profa. Adriana e editado pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), por meio da Assessoria de Relações Étnicas. A obra traz relatos sobre iniciativas desenvolvidas nas escolas públicas municipais de Porto Alegre a partir do projeto A Cor da Cultura e da Lei n° 10.639/03, que visa à inclusão da história e cultura afro-brasileira no currículo escolar.

31 de maio de 2007

EDUCOM AFRO NA FEIRA DO LIVRO MARISTA

29/08/2007 | Viamão | Educação
FEIRA DO LIVRO MARISTA GRAÇAS E EDUCOM AFRO VALORIZAM O SAMBA

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Central do Samba na Feira do Livro
No último dia 25 de agosto, o EDUCOM AFRO do Campus Viamão da PUCRS e o Instituto Marista Graças convidaram o Movimento Central do Samba para participar da terceira edição da Feira do Livro Marista Graças, que este ano tematizou a "Pluralidade Cultural do Brasil".

A Feira do Livro Marista Graças iniciou no dia 22, recebendo escritores gaúchos, contadores de história, artistas musicais e espetáculos teatrais, além de promover palestras, oficinas e bate-papos para o debate sobre a pluralidade cultural brasileira.

Durante o envento, os alunos puderam expôr os trabalhos produzidos sobre a temática e participar do "troca-troca" de livros usados, compartilhando o gosto pela leitura.

Na tarde de sábado chuvoso, o espetáculo ficou por conta da RODA DE SAMBA do Central do Samba, que interpretou clássicos da música popular brasileira, enquanto pais, estudantes, educadores, convidados e a comunidade viamonense saboriaram uma típica feijoada.

SAIBA MAIS:
INSTITUTO MARISTA GRAÇAS
www.maristas.org.br/colegios/site.asp?cod=21
CENTRAL DO SAMBA
www.centraldosamba.blogspot.com
EDUCOM AFRO
www.criancanegritude.blogspot.com
PUCRS - CAMPUS VIAMÃO
www.pucrs.br/viamao

PACC PARTICIPA DE SALÃO DE PESQUISA

PROJETO 20
DO CURSO DE PEDAGOGIA
DO CAMPUS VIAMÃO DA PUCRS


No dia 25 de maio, Maura C. S. Carneiro, bolsista da PUCRS, apresentou a pesquisa Produção Afro-Cutltural para a Criança (PACC) no PROJETO 20, que estimula o fazer científico dos acadêmicos de pedagogia no Campus Viamão da PUCRS.

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Maura C. S. Carneiro

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Lotaram o auditório, alunos do Campus Viamão e
alunos do Curso de Pedagogia e Multimeios do
Campus Central da PUCRS/POA.


*******************
SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA ULBRA
Universidade Luterana do Brasil - Canoas/RS

No dia 31 de maio, Maura C. S. Carneiro, bolsista da PUCRS, apresentou a pesquisa Produção Afro-Cutltural para a Criança (PACC) no Salão de Iniciação Científica da ULBRA. O trabalho fará parte dos anais do evento, com o resumo e um artigo sobre o projeto.

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Maura C. S. Carneiro e
banca avaliadora do salão.

24 de maio de 2007

PUCRS OFERECE O CURSO "PRODUÇÃO CULTURAL AFRO-BRASILEIRA PARA A CRIANÇA - LEI 10.639"

por Sátira Machado

CURSO INICIA EM 10 DE AGOSTO DE 2007


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Estão abertas as inscrições para o curso de extensão “Produção Cultural Afro-Brasileira para a Criança – Lei 10.639” no Campus Viamão da PUCRS. O curso oferece os módulos: Educação na Diversidade , Identidade e Etnicidade e Educomunicação e Interculturalidade. As aulas ocorrem nas sextas à noite e aos sábados pela manhã, de agosto a outubro, e o valor do investimento é de R$ 200,00.

O curso tem suporte no projeto de pesquisa Produção Afro-Cultural para a Criança (PACC), orientado pela Profª Dr. Leunice Martins de Oliveira. A pesquisa situa o papel da literatura infantil na emancipação da criança e reflete sobre a contribuição da cultura afro-brasileira na formação da identidade nacional, estabelecendo um diálogo com o jornal, o cinema, o rádio, a tevê, a Internet, as histórias em quadrinhos, o brinquedo, a ilustração, etc. que são elementos influentes na construção das identidades infantis. O curso amplia o eixo de atuação dos professores, educadores e agentes sociais e é uma rica forma de integração entre a teoria e a prática educativa.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Faculdade de Educação (Faced)
Curso de Pedagogia – Campus Viamão
Av. Senador Salgado Filho, 7000
Telefone (51) 3320-7100
campusviamao@pucrs.br
Viamão, RS, Brasil
Caixa Postal 236
CEP 94440-970

www.pucrs.br/cursoseeventos

SERVIÇO:

Curso de extensão:
“PRODUÇÃO CULTURAL AFRO-BRASILEIRA PARA A CRIANÇA – Lei 10.639”

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Gilberto Ferreira, Elsa Avancini,
Leunice Oliveira e Sátira Machado

Módulo I
Educação na Diversidade,
Prof. Dr. Gilberto Ferreira

Módulo II
Identidade e Etnicidade,
Profa. Dra. Elsa Gonçalves Avancini

Módulo III
Educomunicação e Interculturalidade,
Profa. Ms. Sátira Machado,
coordenadora do Curso de Extensão

Carga Horária: 60 horas/aula
Certificação: PUCRS
Duração: 10/08/07 - 20/10/07
Sexta-feira: 18h30min às 22 horas
Sábado: 8 horas às 11h30min
Local: Campus Viamão
Investimento:
R$ 200,00
(entrada de R$ 68,00 mais duas parcelas de R$ 66,00).

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

"Produção Cultural Afro-Brasileira para a Criança - Lei 10.639"

UNIDADE PROMOTORA

Campus Viamão da PUCRS,
Faculdade de Educação(Faced),
Curso de Pedagogia,
Grupo de Pesquisa "Educomunicação e Produção Cultural Afro-brasileira",
coordenado pela Prof. Dr. Leunice Martins de Oliveira

APRESENTAÇÃO DO CURSO

No século XXI, educar para a diversidade - incluindo a história, a memória e a tradição dos descendentes de africanos e dos vários grupos étnicos que forma a cultura brasileira - é uma questão para todos, ou ao menos para aqueles preocupados em construir um mundo melhor.

A proposta inovadora do curso de extensão universitária "Produção Cultural Afro-Brasileira para a Criança - Lei 10.639" visa a integração entre a universidade e a comunidade, no sentido de propiciar a formação continuada de professores e a capacitação de educadores e agentes sociais em prol da Lei 10639/2003, que inclui a temática da “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” no ensino da rede escolar do Brasil.

O curso tem suporte no projeto de pesquisa Produção Afro-Cultural para a Criança (PACC), orientado pela Profª Dr. Leunice Martins de Oliveira, doutora em educação pela UFRGS com a tese "A busca do sentido da educação intercultural".

A pesquisa PACC situa o papel da literatura infantil na emancipação da criança e reflete sobre a contribuição da cultura afro-brasileira na formação da identidade nacional, estabelecendo um diálogo com o jornal, o cinema, o rádio, a tevê, a Internet, as histórias em quadrinhos, o brinquedo, a ilustração, etc. que são elementos fundamentais para a construção das identidades infantis. Os resultados da pesquisa são fontes importantes para professores da rede de ensino e a troca de experiências entre os alunos do curso serão uma rica forma de integração entre a teoria e a prática.

O projeto PACC tem origem na pesquisa Tendências Contemporâneas da Produção Cultural para a Criança (1985-2005), orientado pela Profª Dr. Sissa Jacoby, da Faculdade de Letras da PUCRS, que evidenciou uma incidência maior de produtos afro-culturais oferecidos à criança, como resultado da implantação e implementação da Lei 10639/03. A pesquisa é a continuidade das primeiras reflexões sobre o poder emancipatório e a qualidade dos objetos culturais disponíveis às crianças, editadas no livro A Produção Cultural para a Criança, de Regina Zilberman, em 1982. E também, é o resultado dos seminários da disciplina "Produção Cultural para a Criança", oferecido aos alunos de especialização, mestrado e doutorado da PUCRS, que se transformou em projeto de pesquisa coordenado pela Profª. Dr. Solange Medina Ketzer, até 2002.

Considerando a experiência cultural da criança de hoje, que é permeada por uma vasta oferta de produtos culturais, o curso dá ênfase à cultura afro-brasileira ao mesmo tempo em que prioriza a formação continuada de professores e agentes sociais para a educação na diversidade, contemplando as relações étnico-raciais dos brasileiros. Para tanto, oferece três módulos: “Identidade e Etnicidade”, “Educação na Diversidade” e “Educomunicação e Interculturalidade”. O curso será desenvolvido de forma presencial.

Como saldo final, pretende-se formar educadores e agentes sociais fomentadores de idéias e ideais comprometidos com a emancipação e a cidadania de seus educandos.

OBJETIVOS DO CURSO:

Geral:
• Propiciar a formação continuada de professores, educadores e agentes sociais acerca da "Produção Cultural Afro-Brasileira para a Criança - Lei 10.639", lei que inclui a temática da “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” no ensino da rede escolar do Brasil.

Específicos:
• Oferecer capacitação nas áreas de Identidade e Etnicidade, Educação na Diversidade e Educomunicação e Interculturalidade, com ênfase na produção cultural afro-brasileira para a criança;

• propiciar o conhecimento da produção cultural afro-brasileira para a criança em sintonia com as produções culturais dos demais grupos étnicos que compõem a identidade nacional;

• promover a reflexão, a liberdade de expressão e a crítica construtiva para a convivência étnico-racial dos cidadãos, possibilitando a releitura da cultura, da história e da identidade dos afro-descendentes e de todos os brasileiros.


JUSTIFICATIVA DO CURSO

Século XXI: Novo olhar sobre a diversidade cultural brasileira

Na contemporaneidade, a globalização aproxima culturas diversas e intensifica as relações humanas pautadas pelo encontro das diferenças. As instituições internacionais passam a considerar a diversidade1 dos vários povos da terra como um tesouro imaterial e material a ser valorizado e preservado. As novas tendências mundiais influenciam os estudos culturais e, no Brasil, os cidadãos buscam resgatar a identidade nacional, de um ponto de vista bem mais comprometido com a pluralidade étnica e cultural do país.

O (re)conhecimento das múltiplas faces da criança brasileira de várias etnias, de distintas classes sociais, de variadas necessidades especiais, entre outras diversidades leva a atualização da LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB - Lei Federal nº. 9.394/96). A LDB é complementada pelos PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNs) e a Pluralidade Cultural tem um capítulo especial nesse documento. Os PCNs foram instituídos pelo ministro Paulo Renato Souza, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1997) e sugerem a inclusão de conteúdos mais significativos para a cidadania brasileira. No entanto, pesquisas revelam a lacuna existente na literatura, nos livros didáticos e na mídia, por exemplo, quando se trata da respeitosa divulgação da história, da memória e sa tradição dos afro-brasileiros, indígenas, ciganos, entre outros povos formadores da cultura do Brasil.

Em 2000, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que quase 50% da população brasileira se auto declara negra. Assim, o ministro Cristovam Buarque e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alteram a LDB e aprovam a Lei Federal nº 10.639/03, em 9 de janeiro de 2003, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino da "História e Cultura Afro-Brasileira e Africana" na rede escolar. A Lei 10.639 é de autoria da deputada gaúcha Esther Grossi e do deputado mineiro Ben Hur Ferreira. É regulamentada pelas DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA, cuja gaúcha Profa. Dr. Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva – conselheira do Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno – é relatora.

Quatro anos se passaram desde a publicação da Lei 10.639/03 e os professores da educação infantil, do ensino fundamental, do ensino médio e do ensino acadêmico de todo o Brasil ainda buscam uma formação (teórico-prática) adequada para a efetiva implementação da lei, alegando não terem sido “preparados para tal demanda”. Nesse sentido, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e da Secretaria de Educação Superior (Sesu), tem incentivado ações que estimulem a criação de instrumentos de suporte para a implantação da Lei Federal 10.639/03.

Desde então, surgem novos cursos – presenciais e à distância - sobre a história da áfrica, a diáspora africana, a história dos afro-brasileiros, o ensino da afro-cultura, a literatura afro-brasileira, a mídia negra, a saúde da população negra, a educação quilombola , as políticas públicas para a comunidade negra, os direitos humanos com ênfase na promoção da igualdade racial, entre outros temas ligados a diversidade étnico-racial brasileira. Registra-se também a premiação e reconhecimento de produtos culturais criados para a divulgação da Lei Federal 10.639/03.

Nesse sentido, o curso de extensão universitária "Produção Cultural Afro-Brasileira para a Criança - Lei 10.639" vem somar-se a tais iniciativas na busca da aproximação da universidade com a comunidade, bem como a integração entre a teoria e a prática educativa.

23 de maio de 2007

NOVAS TENDÊNCIAS NA "PRODUÇÃO CULTURAL PARA A CRIANÇA" CONTEMPLAM A DIVERSIDADE E INCLUEM A NEGRITUDE

PESQUISA FAZ LEVANTAMENTO DA "PRODUÇÃO AFRO-CULTURAL PARA A CRIANÇA (PACC)" E É CONTEMPLADA COM BOLSA DE IC DA PUCRS

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Sátira Machado, Sissa Jacoby e Leunice de Oliveira,
no Campus Central da PUCRS - Porto Alegre

Em julho de 2006, as professoras Dra. Sissa Jacoby, Dra. Leunice de Oliveira e Ms. Sátira Machado passaram a formatar o projeto de pesquisa PRODUÇÃO AFRO-CULTURAL PARA A CRIANÇA (PACC), numa parceria entre a Faculdade de Letras (FALE) e a Faculdade de Educação (FACED) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com o objetivo de fazer um levantamento dos produtos oferecidos à infância que incluem a temática da história e cultura afro-brasileira, contemplando a Lei Federal 10.639/2003.

O estudo pretende situar o papel da literatura infantil na emancipação da criança e a contribuição da cultura afro-brasileira na formação da identidade nacional, estabelecendo um diálogo com o jornal, o cinema, o rádio, a tevê, a Internet, as histórias em quadrinhos, o brinquedo, a ilustração, etc. Os resultados da pesquisa serão fonte importante para professores da rede de ensino e estudantes das áreas de Letras, Educação e Comunicação.

ANTECEDENTES

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Já no final da década de 70, a Profa. Dra. Regina Zilberman refletia sobre o poder emancipatório e a qualidade dos objetos culturais oferecidos às crianças, expandindo seus estudos para além da literatura infantil, ao organizar o livro A Produção Cultural para a Criança.

A obra, que apresenta ensaios de Edmir Perrotti, Tatiana Belinsky, Sérgio Caparelli e outros pesquisadores das questões culturais relacionadas com a criança, principalmente das produções para TV, cinema, teatro e literatura, foi publicada pela editora Mercado Aberto, de Porto Alegre, em 1982.

A partir da década de 90, o Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras da PUCRS passou a oferecer a disciplina Produção Cultural para a Criança para os alunos dos cursos de especialização, mestrado e doutorado.

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CAMPUS CENTRAL da PUCRS, em Porto Alegre

No início do séc. XXI, com a larga valorização dos estudos sobre a infância e a cultura, a disciplina se transformou em projeto de pesquisa, coordenado pela Profª. Dra. Solange Medina Ketzer, centrado inicialmente no estudo de fenômenos de marca, estrangeiros e nacionais, como o Pokémon e a Turma da Mônica, por exemplo.

O projeto Tendências Contemporâneas da Produção Cultural para a Criança (1985-2005), coordenado pela Profª. Dra. Sissa Jacoby, a partir de 2003, deu continuidade às primeiras reflexões, delimitando um período, mas se abrindo à investigação do leque de produções infantis em jogo e suas inter-relações possíveis.

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Um dos resultados dessa pesquisa foi a organização da obra A Criança e a Produção Cultural: do brinquedo à literatura, que atualiza aquele estudo organizado por Zilberman. A obra traz ensaios de Sissa Jacoby, Regina Zilberman, Solange Medina Ketzer, Sérgio Caparelli, Maria da Glória Bordini, dentre outros pesquisadores que tratam da relação da criança com a literatura, a TV, o teatro, os colecionáveis, o brinquedo e outros produtos culturais, numa publicação da editora Mercado Aberto, de Porto Alegre, em 2003.

NOVAS TENDÊNCIAS

O projeto PRODUÇÃO AFRO-CULTURAL PARA A CRIANÇA (PACC) é o desdobramento de uma das questões evidenciadas como tendência contemporânea nas relações entre infância e produção cultural, identificadas no decorrer da pesquisa anterior.

Os estudos da Profa. Leunice de Oliveira, doutora em educação pela UFRGS com a tese "A busca do sentido da educação intercultural", vem ampliar o campo de atuação da pesquisa.

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CAMPUS VIAMÃO da PUCRS

A professora Leunice é coordenadora do Curso de Pedagogia do Campus Viamão da PUCRS e a pesquisa traz a possibilidade de recuperação dos processos culturais de aprendizagem. O projeto PACC é uma das pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa "Educomunicação e Produção Cultural Afro-Brasileira" e passa a ser a primeira pesquisa do embrionário Espaço de Pesquisa na Diversidade e Educação Continuada - que objetiva contemplar estudos sobre os afro-brasileiros, os indígenas, a educação especial, entre outras diversidades - do Curso de Pedagogia do Complexo Cultural da PUCRS – Campus Viamão.

A parceria prevê a busca de integração entre a universidade e a comunidade, no sentido de disponibilizar informações que possam efetivar a implementação da Lei 10.639/03, que inclui a temática da “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo escolar do Brasil.

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PROJETO DE PESQUISA

PRODUÇÃO AFRO-CULTURAL
PARA A CRIANÇA (PACC)


RESUMO

O Projeto PRODUÇÃO AFRO-CULTURAL PARA A CRIANÇA (PACC) tem sua origem numa pesquisa anterior denominada Tendências Contemporâneas da Produção Cultural para a Criança (1985-2005), que evidenciou a constatação de uma incidência maior de produtos afro-culturais oferecidos à criança, como resultado da implantação e implementação da Lei 10639/03, que inclui a temática da “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo escolar do Brasil.

Considerando que a etnia negra faz parte da cultura nacional e, por extensão, tem presença e expressão na produção cultural destinada às crianças do país, esta pesquisa centra-se no levantamento e análise dos produtos afro-culturais destinados ao público infantil, após a Lei 10639/03, à luz de uma perspectiva sociocultural.

O Projeto dá ênfase à cultura afro-brasileira e busca identificar e analisar os novos enfoques apresentados pela produção afro-cultural, a partir da eleição de determinados segmentos e, dentro de cada um deles, de um corpus específico, tendo em vista a amplitude do tema e a diversidade de itens passíveis de estudo.

Este estudo também visa situar o papel da literatura infantil na emancipação da criança e no reconhecimento da cultura negra como formadora da identidade do povo brasileiro, estabelecendo um diálogo com o jornal, o cinema, o rádio, a tevê, a Internet, as histórias em quadrinhos, o brinquedo, a ilustração, etc. Desse modo, o corpus a ser descrito constituir-se-á em importante subsídio como fonte para professores da rede de ensino e estudantes das áreas de Letras, Educação e Comunicação.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DO RIO GRANDE DO SUL
(PUCRS)
Reitor:
Dr. Joaquim Clotet
Vice-Reitor:
Dr. Evilázio Teixeira
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação:
Prof. Dr. Jorge Luis Nicolas Audy
Pró-Reitora de Graduação:
Profª. Dra. Solange Medina Ketzer
Campus Central - Porto Alegre - RS - Brasil
Campus Uruguaiana - Uruguaiana - RS - Brasil
Campus Viamão - Viamão - RS - Brasil
www.pucrs.br

PUCRS - CAMPUS VIAMÃO
Diretor Geral:
Prof. Dr. Thadeu Weber
www.pucrs.br/viamao

Diretora da Faculdade de Educação:
Campus Central
Profª. Dra. Maria Helena M. Barreto Abrahão
www.pucrs.br/faced
Coordenadora do Curso de Pedagogia
Campus Viamão
Profª. Dra. Leunice Martins de Oliveira

Grupo de Pesquisa EDUCOM AFRO
"Educomunicação e Produção Cultural Afro-Brasileira"
, do
Curso de Pedagogia do Campus Viamão da PUCRS
Orientadora do projeto PACC:
Profª. Dra. Leunice de Oliveira
e-mail: leunice.oliveira@pucrs.br
Fone: (51) 3320-7100 – ramal 7015

FACULDADE DE LETRAS
Centro de Referência para o Desenvolvimento da Linguagem (Celin)
Co-orientadora do projeto PACC:
Profª. Dra. Sissa Jacoby
e-mail: sjacoby@pucrs.br
Fone: (51) 3320 3528 – ramal 4615
Campus Central

PESQUISADORES

Paloma Laitano - graduada em Letras
Maura Cristiane Santana Carneiro- graduanda em Pedagogia
Profa. Ms. Sátira Machado , jornalista

17 de maio de 2007

SEU PROJETO DE USO PEDAGÓGICO DA INTERNET PODE SER PREMIADO



Se você é professor do Ensino Fundamental Ciclo II e do Ensino Médio de escola pública e desenvolveu um projeto com seus alunos que contempla o uso da Internet, não perca tempo! Envie sua experiência ao portal EducaRede até
25 de junho.

O prêmio principal é uma viagem para Madri com a participação do professor ganhador no IV Congreso Internacional de Educared: Educar em Comunidad. Haverá também premiação de computadores e tocadores de MP3.

O Concurso Internacional EducaRede: Internet e Inovação Pedagógica ocorre simultaneamente no Brasil, Espanha, Argentina, Chile, Peru e Colômbia.

www.educarede.org.br
Fundação Telefônica

30 de janeiro de 2007

29 de janeiro de 2007

FILME: NA ROTA DOS ORIXÁS

Um filme de Renato Barbieri
Atlântico Negro realiza viagem às raízes da religiosidade brasileira

Vídeo é o primeiro de uma série sobre as relações Brasil-África

Um relato realista e comovente das relações entre Brasil e África inspirou o videomaker Renato Barbieri e o historiador Victor Leonardi a criar uma série de quatro documentários chamada Atlântico Negro.

O primeiro filme da série, feito em vídeo, Na Rota dos Orixás, entra em cartaz depois de ser elogiado no 31º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e de participar de eventos como o Dia Nacional da Consciência Negra.

Na Rota dos Orixás apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira. Na fita, Renato Barbieri mostra a origem de as raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candomblé, e do Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.

Um dos momentos mais impressionantes deste documentário é o encontro de descendentes de escravos baianos que moram em Benin, um país africano desconhecido para a maioria dos brasileiros, mantendo tradições do século passado.

Fonte: http://www.terra.com.br/cinema/drama/orixa.htm

CRIANÇAS INVISÍVEIS

Feito para uma campanha do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o filme reúne sete curta-metragens inéditos de diretores famosos sobre crianças que vivem na miséria em diversas partes do mundo. O episódio brasileiro, dirigido por Kátia Lund (co-diretora de “Cidade de Deus”), apresenta o dia-a-dia de duas crianças catadoras de papéis em São Paulo. Segundo Marie-Pierre Poirier, representante do Unicef no Brasil, essas crianças são ditas invisíveis porque “preferimos vê-las, mas não enxergá-las”.
Distribuído por Paris Filmes: (11) 3864-3155 ou contato@parisfilmes.com.br

11 de janeiro de 2007

O Saci - Rodolfo Nanni

2001 - o Cinema está aqui

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Baseado em obra homônima de Monteiro Lobato, o filme narra as aventuras de Pedrinho, Emília e Narizinho, no Sítio do Picapau Amarelo, as voltas com personagens do folclore brasileiro, como o saci e a cuca.
Gênero Cinema Nacional
Atores Paulo Matozinho, Lívio Nanni, Aristeia Paula Souza, Olga Maria Amancio, Maria Rosa Ribeiro, Benedita Rodrigues, Otávio Araújo, Mario Megheli e Yara Trexler,
Direção Rodolfo Nanni,
Idioma Português,
Legendas Português, Inglês, Espanhol,
Ano de produção 1953
País de produção Brasil,
Duração 64 min.
Distribuição Ctav
Região Multizonal
Áudio Dolby Digital 2.0 (Português)
Vídeo Multizonal
Cor Preto-e-branco


Extras * Menus interativos
* Seleção de Capítulos
* Documentário Era uma vez... ou A verdadeira história do Saci
* Filmografia
* Trailer (Cordélia, Cordélia)
* Critica
* Trilha sonora original
* Fotos
Tudo sobre o DVD * Embalagem amaray impressa em Português
* DVD All (aberto para todas as zonas)

Fonte: http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=15160

10 de janeiro de 2007

KIRIKU E A FEITICEIRA

KIRIKU E A FEITICEIRA
do site www.correioweb.com.br

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Kiriku é um menino que já falava quando ainda estava na barriga da mãe. Na verdade, foi ele quem escolheu seu próprio nome logo que nasceu. Ele está destinado a libertar uma vila africana de uma feiticeira chamada Karaba, que secou as fontes de água e sequestra os homens do local. Kiriku vai até o sábio da montanha, conhecedor do segredo de Karaba, e em seguida parte para enfrentar a feiticeira.

Essa história faz parte do folclore africano e fala da determinação na luta pela liberdade. Kiriku nasce para ser livre, tanto que quando ainda está na barriga da mãe ele diz: "Mãe, dê a luz a mim!" Segundo o diretor e roteirista, Michel Ocelto, foi também um grande oportunidade para mostrar o povo africano e alguns de seus valores. O roteiro foge do óbvio, ao contrário do que acontece em outras produções do gênero. E conta ainda com boa trilha sonora e personagens cativantes.

A trilha sonora do filme foi feita pelo senegalês Youssou N´Dour, um dos mais famosos músicos africanos, que tornou-se popular pela música 7 seconds

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FICHA TÉCNICA

Título Original: Kirikou et la sorcière
Gênero: Desenho Animado, em cores
Classificação: Livre
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Tempo de Duração: 71 minutos
Ano de Lançamento (França/Bélgica): 1998
Estúdio: Trans Europe Film / Les Armateurs / Odec Kid Cartoons / Exposure / Monipoly / Studio O / France 3 Cinéma / Radio-telévision belge
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Distribuição: ArtMann
Direção: Michel Ocelot
Roteiro: Michel Ocelot
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Música: Youssou N'Dour
Edição: Dominique Lefèvre
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Elenco:
Vozes
Antoinette Kellermann (Karabá)
Fezele Mpeka (Tio)
Kombisile Sangweni (Mãe)
Theo Sebeko (Kiriku)
Mabuto "Kid" Sithole (Velho / Viellard)
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Detalhes:
. O diretor do filme, Michel Ocelot, passou parte da infância na Guiné, onde conheceu a lenda de Kiriku.
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. Para compôr as canções do filme apenas foram utilizados instrumentos tradicionais da África, como balafon, ritti, cora, xalam, tokho, sabaar e o belon.
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. Na versão original do filme, falada em francês, as vozes dos personagens foram feitas por atores africanos.

Sinopse:
Na África Ocidental, nasce um menino minúsculo, cujo tamanho não alcança nem o joelho de um adulto, que tem um destino: enfrentar a poderosa e malvada feiticeira Karabá, que secou a fonte d'água da aldeia de Kiriku, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Para isso, Kiriku enfrenta muitos perigos e se aventura por lugares onde somente pessoas pequeninas poderiam entrar.
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PERSONAGENS
http://www.fantasykat.com/shows/kiriku.html

9 de janeiro de 2007

KIRIKU E AS BESTAS SELVAGENS

KIRIKOU ET LES BÊTES SAUVAJES
KIRIKÚ Y LAS BESTIAS SELVAJES
KIRIKU UND DIE WILDEN TIERE


www.labutaca.net
www.zelluloid.de

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Frankreich 2005, ca. 75 min.
Regie: Bénédicte Galup, Michel Ocelot
Drehbuch: Philippe Andrieux, Bénédicte Galup, Marie Locatelli, Michel Ocelot,

Ein alter, weiser Mann sitzt in einer Höhle und beginnt zu erzählen... Es ist die Geschichte des kleinen Kiriku, der in Afrika lebt und dort die spannendsten Abenteuer erlebt. Ob im Kampf gegen ein Ungeheuer, das die Menschen in seinem Dorf bedroht oder bei der Frage, wie man am besten die Wasserversorgung für die Landwirtschaft gewährleisten kann - Kiriku ist zwar klein, aber er ist ein pfiffiger und tapferer Held. Doch nicht nur das Leben in seinem Dorf ist ein Abenteuer. Auf einer Reise durch die Wüste und den Dschungel entdeckt Kiriku die Schönheiten Afrikas und begegnet den wilden Tieren, die auf dem Kontinent zu Hause sind. Aber sein größtes Abenteuer führt ihn zu der bösen Zauberin Karaba. Nur sie besitzt das Gegenmittel, das seine Mutter und die Frauen im Dorf, die unwissend ein giftiges Getränk zu sich genommen haben, vor dem drohenden Tod retten kann. Doch Karaba ist nicht nur böse, sondern auch sehr gefährlich...

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Site Oficial:
www.kirikou-lefilm.com

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6 de janeiro de 2007

NEGRITUDE, CINEMA E EDUCAÇÃO

por Ilhandarilha · Vitória (ES) · 24/1/2007
www.overmundo.com.br

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Em 2005, recebi um inesperado e quase inusitado convite da historiadora Edileuza Penha de Souza para participar de um projeto editorial que acredito seja inédito no país: o livro Negritude, Cinema e Educação – caminhos para a implementação da Lei 10.639/2003. Inesperado porque o livro é dirigido a professores e não sou uma profissional da área da educação. Inusitado porque embora seja uma simpatizante do movimento negro, passo vergonhosamente ao largo da causa, como se minha pele exageradamente branca me dispensasse de envolvimento numa questão tão fundamental como a discussão da invisibilidade da cultura negra na formação cultural e social do povo brasileiro. Mas, como o pedido da organizadora era que eu escrevesse sobre Domésticas (www.domesticasofilme.com.br), o filme, de Fernando Meirelles e Nando Olival, nem pestanejei em aceitar.

Vi Domésticas pelo menos umas dez vezes, e todas com muito prazer. Não fiz isso por nenhuma obsessão pelo filme, não: ele foi exibido no circuito comunitário do projeto Cinema BR em Movimento, no qual atuo aqui no ES. Trabalhar num projeto como esse tem muitas vantagens e certamente a maior delas é poder levar o cinema para um público que normalmente passaria bem longe das salas de exibição (principalmente se o filme for nacional). Mas me atrai, principalmente, a possibilidade de ver um filme que gosto muitas vezes, até decorar planos e diálogos inteiros. Foi assim com Domésticas.

O projeto do livro surgiu nos intervalos entre as conferências do I Seminário Saída da Escravidão e Políticas Publicas, promovido pelo Governo Federal e a UNESCO, em Brasília, no início de 2005. Edileuza e a professora Rosana Pires conversavam sobre como o cinema pode introduzir debates interessantes nas salas de aula e fizeram um rol de filmes que poderiam ajudar os professores nessa tarefa. Daí a pensar num livro que fosse uma espécie de ferramenta guia para educadores foi um pulo. A idéia era fazer uma espécie de roteiro de leitura dos filmes, com sugestões de encaminhamento dos debates e trabalhos didáticos. Os autores (mais de trinta), foram escolhidos pela sua atuação profissional e afinidade com as questões étnico-raciais, com o cinema, ou com ambas as coisas. São profissionais de áreas bem diferentes, de diferentes locais do país, o que deu à publicação um colorido muito peculiar.

A próxima tarefa foi dar forma aos conteúdos recebidos e, parte mais complicada, partir à procura de uma editora que comprasse a idéia. Essa foi a Mazza Edições (www.mazzaedicoes.com.br), de Belo Horizonte, especializada em livros étnicos e educação especial. A editora sugeriu que o livro fosse dividido em dois volumes. O primeiro foi lançado em agosto. Nele estão nove filmes nacionais e seis estrangeiros realizados até 2001. Entre eles Macunaíma; Cruz e Souza, o Poeta do Desterro, Faça a Coisa Certa e A Negação do Brasil. O primeiro volume conta ainda com o primoroso prefácio do documentarista e antropólogo Noel Santos Carvalho (www.cinemando.com.br), que faz uma explanação sobre a trajetória e participação do negro no cinema nacional e fala do movimento paulista Dogma Feijoada (www.cinemando.com.br), do qual faz parte.

O volume II , a ser lançado em março de 2007, trará produções de 2002 em diante. Mesmo com algumas falhas na escolha dos filmes, Negritude, Cinema e Educação é um livro que merece lugar importante nas bibliotecas escolares e, principalmente, na mesa de cabeceira dos professores.
Para vocês sentirem o gostinho do Negritude, vai em anexo o meu artigo sobre Domésticas.